CARATINGA
Chegamos em Caratinga.
Eu não tinha 15 anos.
Era um caminhão enorme, e todos os funcionários das Carrocerias Reder em cima como macacos de tanta bagunça que faziam nele.
Um piano pesadíssimo,chamava atenção de todos.
Em frente ao caminhão da mudança, nossa Rural, e todas nós , meu pai, buzinou furiosamente, um rapaz de bicicleta pedalava calmamente saindo, parando próximo a calçada, e ficou nos olhando curiosamente, o caminhão quase que não entra na vila em que fomos morar.
O rapaz, ia ser quem poderia imaginar, o meu primeiro amor.
Porque não ficamos com aquele a quem muito amamos?
Mesmo não sabendo que não ia ser amor ,que muitas outras coisas viriam?
Mas porque nos lembramos?
Que saudade que eu sinto!
Não tenho uma foto dele, e nem ele as minhas, naqueles tempo, tudo tinha de ser devolvido, nem o endereço sei, onde foram parar ?
Que vida mais esquisita!